Comissão Organizadora para a Resolução do Dia da Comunidade Angolana no Reino Unido.
A recente publicação do Club-K, intitulada “Fracassa tentativa de criar novo Dia da Comunidade Angolana no Reino Unido”, exige de nós não apenas uma resposta, mas também uma reflexão colectiva sobre o modo como construímos a verdade pública. O texto, ao reduzir um amplo processo democrático a um episódio de “desorganização” e “falta de legitimidade”, omite a dimensão participativa e plural de uma iniciativa que envolveu centenas de angolanos de diferentes idades, regiões e sensibilidades políticas.
Durante quatro meses consecutivos, a Comissão Organizadora conduziu um processo de consulta comunitária marcado pela transparência, pela inclusão e pelo diálogo aberto. Realizaram-se debates públicos, transmissões online e uma votação ampla, com a participação de mais de 1.100 cidadãos angolanos no Reino Unido. Este exercício coletivo resultou na escolha democrática do dia 28 de julho como nova data de celebração da comunidade, aprovada por 53,13% dos votos válidos.
Diante desses factos, consideramos injusto e incorreto caracterizar este processo como um “fracasso”. O verdadeiro fracasso seria desistir de construir novas formas de representação e continuar a reproduzir práticas excludentes, centralizadoras e distantes do espírito comunitário que deve orientar todos os angolanos da diáspora.
A ausência de supostas figuras públicas, apontada pela matéria como sinal de ilegitimidade, não invalida a legitimidade de um processo colectivo e democrático. A representatividade não se mede apenas pela presença de líderes institucionais, mas sobretudo pela voz da base comunitária, que pela primeira vez teve a oportunidade de participar diretamente de uma decisão comum. O novo modelo adoptado rompeu barreiras e permitiu que cada cidadão angolano, independentemente de filiação associativa, pudesse ser ouvido e respeitado.
O Club-K tem desempenhado um papel importante na divulgação de temas relacionados à diáspora angolana, mas a boa informação deve vir acompanhada de responsabilidade. Ao publicar uma matéria que ignora o contexto e o esforço colectivo de uma comunidade inteira, o portal falha na sua missão essencial: informar com rigor, pluralidade e compromisso com a verdade.
Reafirmamos que o 28 de julho não é uma tentativa de substituir a história, mas de ampliá-la — transformando o Dia da Comunidade Angolana no Reino Unido num símbolo de união, cultura e inclusão. A data reflete a vontade expressa da maioria e o desejo de fortalecer os laços entre todos os angolanos, independentemente de correntes, grupos ou associações.
Assim, reiteramos o nosso compromisso com a verdade, com a participação democrática e com o fortalecimento da comunidade angolana no Reino Unido. Este processo não foi uma imposição, mas uma construção partilhada — um exercício de cidadania que deve ser reconhecido e respeitado.
Aos que preferem o caminho do diálogo, as nossas portas permanecem abertas. Àqueles que ainda duvidam, os números e os fatos falam por si. O futuro da comunidade angolana na diáspora será construído com debate, pluralidade e respeito — nunca com desinformação ou exclusão.
Com respeito e espírito comunitário,
A Comissão Organizadora para a Resolução do Dia da Comunidade Angolana no Reino Unido
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