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Presidente da UNITA convoca XIV Congresso para a última semana de novembro

Luanda - O líder do maior partido da oposição, Adalberto Costa Júnior, convocou, ao fim da tarde deste sábado, 30, o XIV Congresso Ordinário para a última semana de novembro deste ano, em Luanda, visando a eleição da nova direção da UNITA.

Fonte: Club-K.net

Segundo o anúncio feito pelo presidente do “Galo Negro”, o conclave vai decorrer nos dias 28, 29 e 30 de novembro, no Complexo Sovsmo, no município de Viana, em Luanda, tendo como principais pontos a eleição de um novo presidente do partido e a revisão dos estatutos.

A convocação, que obedeceu aos princípios estatutários, foi feita no final da XII Sessão Extraordinária do Comité Permanente da Comissão Política, realizada no Complexo Sovsmo.

O congresso, que se realiza ordinariamente de quatro em quatro anos, é convocado formalmente pelo presidente do partido, “em observância aos Estatutos e Regulamentos do Partido”, após parecer favorável da Comissão Política.

De acordo com o comunicado final da reunião, o Comité Permanente aprovou já a Comissão Organizadora do congresso, bem como “a sua composição e o respetivo cronograma”, tendo constatado “avanços significativos no processo organizativo e logístico”.

Entre os principais objetivos do encontro, elencados por Adalberto Costa Júnior, estão: a definição da linha política da UNITA, a aprovação da sua estratégia e objetivos gerais, a revisão dos estatutos e do programa político, a eleição do próximo presidente do partido e da Comissão Política, bem como a apreciação do relatório de atividades e contas dos órgãos internos.

No comunicado citado pela Lusa, a direção da UNITA manifestou “profunda preocupação” com a situação do país, alertando para “a deterioração contínua das condições de vida dos cidadãos angolanos, marcada pelo aumento do desemprego, o encarecimento dos produtos da cesta básica, o bloqueio do setor produtivo e a perda do poder de compra das famílias”.

A UNITA responsabiliza as “práticas de gestão governativa centralizadora e pouco transparente” pelo agravamento da pobreza e das desigualdades sociais.

O Comité Permanente reafirma ainda a “necessidade urgente de reformas estruturais profundas no aparelho do Estado”, defende a institucionalização do poder local autárquico e expressa “repúdio face à tendência do regime de criminalizar as manifestações dos cidadãos insatisfeitos com as políticas governativas”, condenando “o uso da força pelos órgãos responsáveis pelo asseguramento e proteção dos cidadãos”.

Relativamente à Comissão Nacional Eleitoral, a UNITA considera que a sua atual composição “deve ajustar-se aos resultados eleitorais anunciados pela CNE nas eleições gerais de 2022”, ao contrário da resolução aprovada na Assembleia Nacional, rejeitada pelo principal partido da oposição.

O Comité exorta ainda os militantes e simpatizantes a intensificarem “as ações de proximidade junto das comunidades, promovendo a cidadania ativa, a solidariedade social e a participação consciente dos cidadãos nos assuntos da vida nacional”, e manifesta “solidariedade e apoio aos militantes do Partido e a todos os cidadãos injustamente detidos, julgados e condenados”.

O comunicado sublinha o compromisso da UNITA com a “unidade, coesão interna e disciplina partidária”, evocando também “o caminho trilhado por Holden Roberto, Jonas Malheiro Savimbi e outros patriotas, na edificação de uma Angola democrática, próspera e igual para todos”.

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