Sou um apaixonado por tecnologia e progresso, e também alguém que gosta de observar o mundo com os pés bem assentes na terra.
Neste pequeno artigo, quero falar de algo que me tem dado que pensar: os novos info-excluídos.
Não me refiro àqueles que não têm computador ou acesso à Internet – felizmente, esse número está a diminuir em muitos lugares graças aos esforços que vemos.
Falo de um grupo mais discreto, mas em risco de ficar para trás: aqueles que ainda não tratam as inteligências artificiais (IAs) por “tu”. E isso tem impactos grandes – na nossa vida pessoal, nas empresas e na sociedade em geral.
Quando penso nisto, vejo pessoas como eu, que já se habituaram a usar as IAs como uma parceira do dia-a-dia. Peço ajuda para organizar ideias, pesquisar algo rápido ou até melhorar uma proposta qualquer para um cliente. É como ter um colega incansável que nunca dorme.
A verdade é que a massificação das IAs já não é um cenário distante, e sim uma realidade concreta. Estas ferramentas invadiram o nosso quotidiano silenciosamente, e agora permeiam praticamente todos os aspectos da vida moderna, desde as redes sociais até aos ambientes profissionais mais complexos. Não acompanhar esta massificação poderá significar um afastamento gradual de inúmeras oportunidades pessoais, profissionais e sociais.
Depois olho à volta e vejo outros – amigos, colegas, até familiares – que hesitam. “Isso é muito complicado, João”, dizem-me. Ou então: “Prefiro o meu método antigo, sempre fiz assim”. Ou: “isso vai tirar empregos”.
Alguns têm medo: medo de se exporem, de parecerem ignorantes ao tentar usar algo novo e não acertarem à primeira. Eu percebo esse receio. Ninguém gosta de se sentir vulnerável, de mostrar que não sabe. Mas, enquanto esse medo nos paralisa, o mundo avança – e rápido.
Pensemos no futuro próximo, porque ele está mesmo ao virar da esquina. Na nossa vida pessoal, quem não usar as IAs, pode perder tempo e oportunidades.
Imaginem: eu consigo planear uma viagem ou fazer uma app para resolver um problema em minutos com uma ajuda inteligente, enquanto quem insiste no papel e caneta leva horas ou dias.
No mundo empresarial, o impacto é ainda maior. As empresas que não adoptem as IAs podem ficar menos competitivas. Um concorrente que use estas ferramentas para analisar o mercado ou optimizar custos vai estar um passo à frente dos outros.
E na sociedade, a diferença entre quem usa e quem não usa pode crescer, afectando o ritmo do progresso colectivo.
As IAs têm um potencial enorme – na educação, ajudando que a aprendizagem seja mais rápida; na agricultura, com previsões que melhoram decisões; ou no empreendedorismo, acelerando ideias.
É como aproveitar isso? Sim, é preciso largar o medo da exposição. Sim, às vezes vamos errar ao usar estas ferramentas. Sim, podemos sentir-nos ignorantes no início. Eu próprio já meti os pés pelas mãos com várias IAs, faz parte, mas aprendi e melhorei. O processo é assim.
Há desafios, claro.
Nem todos têm smartphones ou dados móveis para começar. E muitas IAs ainda não falam o nosso português do dia-a-dia com naturalidade.
Ainda assim, o mundo está a evoluir nessa direcção, e quem não acompanhar pode sentir a diferença.
Na vida pessoal, ficaremos mais lentos. Nas empresas, seremos ultrapassados. Na sociedade, o fosso entre os que dominam estas ferramentas e os que as ignoram pode aumentar.
Por isso, digo-vos: o futuro está aí. Vamos desmistificar a IA, perder o medo de parecer ignorantes e abraçar este “tu” que nos abre portas.
Experimentem, perguntem, cresçam.
Eu já comecei, e garanto-vos: é um super poder que tenho e que todos podemos ter.
Quem sabe onde isso nos pode levar?
Vamos lá?
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