Luanda - Há surdos na nossa sociedade angolana, quando Doutor Jonas Malheiro Savimbi afirmava que: “Menongue é o Ponto de Partida, e Luanda é o Ponto de Chegada,” esses surdos insensíveis e antipatriotas, achavam que era Mentira.
Fonte: Club-k.net
Agora, a UNITA está de pedra e cal em Luanda. Muita gente, de má-fé, está bem assustada e a ficar louca. Mergulhada na frustração profunda, gritam, bem irritada: “a UNITA deve ficar lá na Jamba; lá onde devia permanecer; nós ficamos aqui, em Luanda; isso é nosso; não permitimos a UNITA estar cá em Luanda; o seu lugar é lá no mato, na Jamba.” Fim de citação.
Carambas! Isso já é tarde de mais. Olha, nas eleições de 2022, a UNITA não somente conquistou Luanda, mas sim, venceu a Província do Zaire e a Província de Cabinda. Se olhar ao mapa de Angola, da fronteira Sul à fronteira Norte, a Jamba e Cabinda estão em polos extremos. Em Angola, se houvesse uma democracia real, fundada na vontade dos eleitores, a UNITA estaria a governar Luanda, Zaire e Cabinda. Um território vasto de grande importância geopolítica e geoeconómica. Seja qual for vem aí o 2027.
O que significa que, a UNITA marchou do Sul ao Norte, atravessando o país inteiro, numa conquista espetacular, em termos de adesão política. Na democracia, quem decide sobre os assuntos do Estado, são os eleitores, através dum processo complexo da representação e delegação dos poderes. Nunca deve ser feito ao sabor arbitrário de quem quer que seja.
O que a UNITA está a fazer agora é consolidar a sua implantação em todo o país, do Luau ao Lobito, e do Cunene à Cabinda. Parece que, essa realidade inequívoca está a quebrar as cabeças das pessoas. Há gente intolerante e nociva que está a ficar louca, alucinada e desorientada. Vê-se mesmo nos seus rostos, cheios de ódio, de violência e de revanchismo. A democracia não funciona assim.
O mais grave é de ir buscar os termos abusivos, pejorativos, tribalista, regionalistas e racistas do colono português. Que tratava o Povo do Sul de Angola (Bailundo) como matumbos, gentios, atrasados e gente do mato. O Kuando-Kubango, onde está a Jamba, era chamado a «Terra do Fim do Mundo».
Portanto, a linguagem de que, a UNITA deve confinar-se lá na Jamba, revela a profundidade da fragilidade da nossa Nação, que o malogrado, Presidente Doutor António Agostinho Neto classificava, desta forma: «Angola é uma Nação e um Povo». Agora interrogo-me, se o Kuando-Kubango não pertence a esta Nação, de um Povo, então onde estará um Estado-Nação?
Na verdade, existe o espírito maligno muito forte enraizado no tribalismo, no regionalismo e no etnocentrismo, que contamina e apodrece as mentes de algumas pessoas. A coberto da política dissemina a sua doutrina reacionária, fascista, tribalista, etnocentrista, antipatriótica e anticonstitucional.
Ora bem, ao abrigo do Artigo 3º, sobre a soberania, a Constituição da República de Angola (CRA), consagra o seguinte: «A soberania – una e indivisível – pertence ao povo, que a exerce através do sufrágio universal, livre, igual, directo, secreto e periódico, do referendo e das demais formas estabelecidas pela Constituição, nomeadamente para a escolha dos seus representantes». Fim de citação.
Nestes termos, importa afirmar que, o nacionalismo angolano nasceu nas nossas casas, nas nossas famílias, nas nossas etnias, nas nossas Nações, e nos nossos Territórios, muitos dos quais foram grandes Reinos e grandes Impérios. Logo, é este fio fino e delicado, da antropologia cultural, que estabelece o vínculo etnocultural e etnolinguístico que anima a nossa identidade nacional, que estamos a construir passo a passo e pedra sobre a pedra.
Portanto, devemos ter muita cautela nos nossos pronunciamentos com vista a não ofender a sensibilidade da identidade sociocultural de cada um de nós. Eu sou Nganguela. A minha mãe tem raízes no Kuando Kubango e no Moxico. O meu pai é do Moxico, do Reino dos Bundas, do Muene Mbandu Ya Vukolo. A minha mãe é Kamba Ya Mbaao, da família Nobre dos Mbunda.
Neste contexto, gostaria de ressaltar o seguinte. Temos muitos Países Africanos, como a Nigéria, cujo povo, de diversas etnias, raças, línguas, culturas e crenças que não consegue conviver juntos, em harmonia, nos mesmos bairros. Para que, os filhos e as filhas frequentem as mesmas escolas, criem aproximação social e cultural; casem livremente sem preconceitos; constroem novas famílias imbuídas de espírito pacifico e nacional – de amor, de solidariedade e de unidade nacional.
Felizmente, um dos maiores benefícios da guerra civil angolana, que foi prolongada e mortífera, foi de misturar o nosso povo através de movimentações da guerra: do Sul ao Norte, e do Leste ao Oeste; realizar casamentos multiétnicos e multirraciais; viver nos mesmos bairros; andar de um lado ao outro; convergirem e harmonizar os povos, os reinos, as etnias, as tribos e os territórios; os nossos filhos e filhas do MPLA e da UNITA estão a casarem-se entre si, sem qualquer sensibilidade. Quem hoje levanta esta questão da discriminação entre o Sul e o Norte de Angola deve ser um doente mental que devia estar num lugar próprio para cuidar da sua saúde mental.
Para dizer que, os processos da antropologia cultural são os fundamentos mais sólidos da nossa identidade nacional. É o fruto da guerra civil. Unimos o nosso povo e quebramos as barreiras étnicas, linguísticas e culturais que foram erguidas pelos colonos portugueses para nos dividir e nos reinar eternamente. Cuidemos bem da nossa paz militar, da nossa reconciliação nacional (embora frágil), da nossa coexistência pacífica entre as diversas Nações do grande mosaico etnocultural do nosso País.
Não devemos permitir, alguns bufos, gente corrupta, sem dignidade humana, sem espírito patriótico, sem o domínio da nossa história e sem a noção do nacionalismo angolano. Foi o nacionalismo angolano, que nasceu nas nossas casas, nas nossas famílias e nas nossas etnias que combateu o colonialismo português em todas as frentes: nas matas, nas cidades, nas vilas, nas aldeias, nas cadeias, na clandestinidade e na diáspora.
Todos esses combatentes da liberdade são nacionalistas, são patriotas, são angolanas e são angolanos. Mesmo os que estiverem lá na Angola profunda, são Angolanas e são Angolanos. A Jamba é Angola. Foi dali onde emergiu a chama da Resistência contra a ocupação russo-cubana, em defesa da liberdade, da igualdade e da democracia. Sem a Resistência da Jamba, Angola estaria numa Ditadura mais pior e mais cruel que da Coreia do Norte.
Por isso, não deixemos uns partidêcos satélites, que recebem alguns tostões, confundirem a Revolução Angolana, que foi conduzido por três patriotas e revolucionários: António Agostinho Neto, Álvaro Holden Roberto e Jonas Malheiro Savimbi. São eles que estiveram em Alvor, na Mesa Negocial, perante o Poder Colonial Português, negociar a Independência de Angola.
Agora, admiro bastante como a PGR e o Tribunal Constitucional deixam gente de mentes distorcidas, antidemocratas, andar soltas, violando, em flagrante delito, a Constituição da República de Angola. Uma coisa é certa, a UNITA é o «factor-chave» da estabilidade. Ela soube assegurar o processo da paz, nas condições extremamente difíceis, até chegar aqui. Neste momento existem esforços titânicos de conspiração e da intolerância política, promovidos e financiados abertamente pelo Partido no Poder. Todo mundo sabe isso.
Todavia, a UNITA é um Partido histórico, pan-africanista, nacionalista, democrática, temperado na luta, prudente, sólida e inabalável na defesa da paz, da reconciliação nacional, da estabilidade, da democracia, do bem-estar social e da defesa do Estado Democrático e de Direito. Ninguém SONHE em afastar a UNITA da arena política angolana. Essa luta não é de hoje. É de muito tempo. Mas falhou. E a UNITA continua firme e inabalável – de pedra e cal.
Contudo, nunca iremos ceder às provocações deliberadas cujos planos macabros já estão expostos e conhecidos por todos os angolanos. Esses planos de conspiração contra a «Ordem Democrática e Constitucional» têm sido alvos de denúncias sistemáticas e constantes de diversos círculos do próprio poder político. Sejamos prudentes e olhemos aos nossos Antepassados, onde nasce a nossa SABEDORIA.
A nossa Palavra de Ordem do XIV Congresso, que nos levará aos grandes desafios de 2027 é a seguinte: Unidos para a Alternância, Estabilidade e Desenvolvimento.
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