As celebrações dos 50 anos de independência de Angola, organizadas pela LS Republicano e Arca Velha, estão gerando polêmica e descontentamento no meio artístico. Segundo informações que chegaram até nossa redação, os shows planejados para as 21 províncias do país têm um custo estimado em mais de 2 milhões de dólares cada.
Essa extravagância financeira levanta questões sobre a transparência e a gestão dos recursos públicos envolvidos na comemoração de um marco tão significativo para a nação. Além disso, uma grave denúncia aponta para a exclusão de diversos artistas angolanos na seleção para os eventos. Apenas aqueles alinhados com as duas produtoras têm sido convidados a se apresentar, o que gerou revolta entre muitos músicos.
Artistas de várias partes do país expressaram sua indignação, afirmando que a escolha deveria representar a diversidade cultural de todas as províncias, permitindo que talentos locais tivessem voz e espaço na celebração nacional. "É inaceitável que apenas um grupo seleto participe de um evento que deveria ser de todos", declarou um artista que preferiu não ser identificado.
Os responsáveis pelas produtoras, Matias Damásio, da Arca Velha, e Fernando Republicano, da LS Republicano, estão no centro da controvérsia, acumulando lucros substanciais com a realização desses shows. A situação levanta importantes questões sobre inclusão e a forma como os eventos culturais são geridos em um momento tão emblemático para o país.
A sociedade civil e os amantes da música angolana aguardam respostas e um posicionamento das autoridades competentes, que devem zelar pela transparência e equidade na celebração da independência. É fundamental que todos os artistas tenham a oportunidade de brilhar e contribuir para a festa que é de todos os angolanos.
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