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LUÍS NUNES FAZ ENTRAR 5,5 MIL MILHÕES KZ NOS COFRES DO ESTADO EM TEMPO RECORD- CARLOS ALBERTO

Vice-governador Calunga Quissanga diz que “os resultados falam por si” e desafia quem duvida da transparência a olhar para as contas.

 

Menos de um ano depois de assumir o comando do Governo da Província de Luanda (GPL), Luís Nunes já fez entrar 5.503.808.240,82 kwanzas nos cofres do Estado — apenas em receitas provenientes da concessão de terrenos. O montante, revelado pelo vice-governador para os Serviços Técnicos e Infra-estruturas, Calunga Quissanga, em entrevista exclusiva ao jornalista Carlos Alberto, é superior ao arrecadado durante toda a gestão anterior, liderada por Manuel Homem.

“Os resultados são claros. Em menos tempo, já conseguimos arrecadar para o Estado um valor superior ao da vigência anterior. Isso mostra que o rigor e a transparência compensam”, afirmou Calunga Quissanga.

A Janela Única mudou a lógica do GPL

O responsável destacou que a criação da Janela Única de Concessão de Direitos Fundiários — plataforma lançada em Setembro sob orientação do Presidente da República e coordenada pelo ministro de Estado e Chefe da Casa Civil, Adão de Almeida — trouxe ganhos visíveis na gestão pública e no controlo das receitas.

“A Janela Única acabou com muitos circuitos paralelos e práticas duvidosas. Hoje, qualquer cidadão pode acompanhar o andamento do seu processo e saber quem o está a tratar. É isso que o senhor governador sempre quis: transparência e eficiência”, sublinhou.

De acordo com Calunga Quissanga, o aumento das receitas demonstra que a administração de Luís Nunes está a recuperar a confiança dos cidadãos e dos investidores, que antes enfrentavam barreiras, atrasos e exigências não justificadas.

Menos despesa, mais eficiência

O vice-governador afirmou ainda que a actual equipa conseguiu equilibrar as contas internas do GPL, reduzindo custos operacionais e eliminando práticas que drenavam recursos públicos sem resultados concretos.

“Hoje o GPL tem controlo financeiro mais rigoroso, os processos são auditáveis e as receitas são canalizadas directamente para o Tesouro. Esse é o novo paradigma de gestão pública que o governador tem imposto”, garantiu.

Calunga Quissanga não avançou números relativos à vigência anterior, mas assegurou que “os relatórios de execução financeira falam por si” e que o balanço final será tornado público, “para que os cidadãos saibam exactamente como está a ser gerido o dinheiro do Estado”.

Há resistência de quem perdeu privilégios

Sem citar nomes, o vice-governador reconheceu que o novo modelo de gestão enfrenta resistência interna.

“Há pessoas que perderam privilégios, e é natural que tentem lançar rumores ou criar ruído. Mas a direcção do GPL está focada em resultados e em servir a população. O governador Luís Nunes não tem medo da transparência — pelo contrário, incentiva-a”, afirmou.

Um gestor disponível ao escrutínio

A entrevista de Calunga Quissanga, concedida por orientação expressa de Luís Nunes, marca uma ruptura no padrão de comunicação institucional do GPL, tradicionalmente fechado à imprensa.

Ao contrário de gestões anteriores, o actual governador tem incentivado os seus colaboradores a falar publicamente, prestar contas e responder às denúncias.

“O senhor governador mandou-me falar porque acredita que o povo tem direito à informação. Isso é sinal de maturidade política e de respeito pelos jornalistas”, concluiu o vice-governador.

Nota do jornalista

Esta é a segunda parte da investigação conduzida por Carlos Alberto sobre as políticas fundiárias e administrativas do Governo da Província de Luanda. Virão outros temas. 

Luís Nunes está há menos de um ano à frente do GPL, enquanto o seu antecessor, Manuel Homem, exerceu funções por quase dois anos antes de ser nomeado ministro do Interior.

Em tempo muito inferior, Luís Nunes já superou, só em receitas de concessão de terrenos, todo o volume financeiro arrecadado durante a gestão anterior, segundo dados oficiais disponibilizados pelo vice-governador Calunga Quissanga.

O jornalista continuará a acompanhar o impacto das reformas implementadas — tanto na arrecadação pública, como na percepção de justiça e eficiência administrativa.

Enquanto a transparência se transforma em palavra de ordem, resta saber se o rigor que hoje gera resultados também resistirá à prova do tempo — e de interesses contrariados.

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