O anúncio feito pelo Presidente da República, João Lourenço, sobre a condecoração póstuma dos três signatários dos Acordos de Alvor – Jonas Savimbi, Agostinho Neto e Holden Roberto – por ocasião dos 50 anos da independência de Angola, gerou reações mistas no panorama político e social. Entre as vozes críticas, destacou-se a do comentador residente do espaço de domingo da TV Zimbo, Bali Chionga, que manifestou o seu veemente desacordo com a homenagem a Jonas Savimbi.
Durante a sua participação no programa "Revista Zimbo", Bali Chionga classificou a decisão como uma "surpresa" e reiterou a sua posição, já expressa anteriormente num artigo de opinião no jornal O País.
"Eu tenho de dizer e reconhecer que foi uma surpresa para mim. Também foi uma surpresa quando o mais velho [ Chiwale ] foi condecorado na categoria de Independência. Para mim é uma surpresa", afirmou Chionga.
O jurista e comentador foi direto ao expressar a sua oposição à inclusão do líder fundador da UNITA na lista dos homenageados.
"Se eu tenho de emitir a minha opinião, que já venho emitindo aliás, fiz uma opinião no jornal O País, eu estou em desacordo com Jonas Savimbi ser condecorado," declarou.
Ao justificar o seu ponto de vista, Chionga argumentou que a história de Savimbi possui marcas que transcendem a esfera nacional e que não podem ser apagadas.
"Eu estou em desacordo porque, como se diz, a história não se apaga, e há uma marca indelével de Jonas Savimbi que até não é angolana, é internacional, e, portanto, como jurista, até respeito o direito internacional, há uma resolução que atribui o estatuto de terrorista a Jonas Savimbi," concluiu o comentador, levantando a questão da reputação internacional do ex-líder da UNITA como impedimento para a condecoração estatal.
A decisão presidencial de condecorar os três líderes históricos visa, segundo o Chefe de Estado, promover a reconciliação nacional e reconhecer o papel de todos os intervenientes no processo que levou à independência de Angola em 1975. No entanto, o comentário de Bali Chionga reflete a sensibilidade e a controvérsia que a figura de Jonas Savimbi ainda evoca no debate público angolano.
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