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Arguidos da AGT rejeitam advogado Salombongo

Luanda - Um grupo de arguidos envolvidos no conhecido “Caso AGT” revelou que, em determinado momento, o advogado angolano Carlos Salombongo (na foto) se aproximou de alguns réus com uma proposta de pagamento individual de 20 milhões de kwanzas, em troca da retirada dos seus nomes do processo criminal. Segundo os denunciantes, a proposta foi recusada, por considerarem tratar-se de uma tentativa de extorsão disfarçada de negociação jurídica.

Fonte: Club-k.net

O “Caso AGT”, cujas audiências de instrução contraditória arrancaram esta semana no Tribunal da Comarca de Viana, em Luanda, é considerado um dos maiores escândalos de corrupção fiscal da história recente de Angola. O processo envolve 38 arguidos, incluindo seis empresas, acusados de terem defraudado o Estado em mais de 100 mil milhões de kwanzas — cerca de 92 milhões de euros. Segundo o Ministério Público, os crimes incluem reembolsos indevidos de IVA, emissão irregular de notas de liquidação fiscal, manipulação do Sistema Integrado de Gestão Tributária (SIGT) e eliminação ilícita de dívidas fiscais.


Carlos Salombongo é apontado em denúncias públicas e reportagens investigativas como uma das figuras centrais numa alegada rede de extorsão ligada ao ex-Presidente do Tribunal Supremo, Joel Leonardo. De acordo com fontes do Club-K e relatos de vítimas, Salombongo atuaria como intermediário jurídico e operador estratégico, influenciando decisões judiciais em processos sensíveis.

 

Em casos como o da viúva do General Sukissa, Salombongo teria imposto a substituição do advogado original, Ivo Tamangani, por profissionais ligados à rede. Para evitar rastros formais, não assinava procurações, colocando à frente advogados terceiros, como a brasileira Maria de Lourdes Luz Nascimento, que passou a representar oficialmente os herdeiros em nome do seu escritório.

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