Em Luanda, a polícia angolana está a ser acusada de ter descarregado este sábado 12 de Julho contra milhares de jovens que pretendiam marchar contra a subida do preço dos táxis e do gasóleo. Há relatos de vários feridos e de políticos agredidos durante a troca de palavras com agentes policiais.
Polícia reprime protesto em Luanda contra a novos preços de taxi com bastões e gás lacrimogénio. © Francisco Paulo
Por:Francisco Paulo
Gás lacrimogénio, porretes e cães foram os meios usados este sábado, 12 de Julho, em Luanda, pela polícia para dispersar políticos, membros da sociedade civil e estudantes, que apenas queriam exigir na rua o fim das novas tarifas do gasóleo e dos transportes públicos e privados.
À RFI, Pedro Coleto condenou a acção da corporação, apesar desta ter garantido já no final da noite desta sexta-feira, 11, que ia assegurar a marcha.
“Eu não percebo porque é que têm que reprimir a manifestação se o povo está a expressar o seu descontentamento. Isso acaba afectando as famílias angolanas”, disparou o jovem manifestante.
Quem também criticou a postura da polícia foi o líder da 7.ª Comissão para os Assuntos Religiosos, Comunicação Social, Juventude e Desporto da Assembleia Nacional, Paulo Faria. O político, da UNITA, na oposição, entende que não havia motivos para polícia descarregar contra os jovens.
“Recentemente, na Assembleia, nós debatemos e foi aprovada, na especialidade, a proposta de Lei sobre o Regime Disciplinar sobre o agente da Polícia Nacional policial. Aqui está a polícia, mais uma vez, a mostrar que não está para cumprir a lei, não está para respeitar os Direitos Fundamentais, mas para cumprir ordens superiores”, desabafou o deputado da bancada parlamentar da UNITA.
Entretanto, Paulo Faria diz mesmo que a polícia nacional provou hoje estar instrumentalizada e ao serviço do partido no poder, o MPLA.
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