Em Angola, a defesa e os familiares de Inocêncio de Matos acusam as autoridades judiciais de silenciarem e também de deixarem na “gaveta” as investigações sobre a morte do activista a 11 de Novembro de 2020. Inocêncio de Matos foi vítima de um disparo de arma de fogo da polícia durante uma manifestação pacífica, exigindo melhores condições de vida, no dia em que a Angola celebrava os 45 anos da independência.
Inocêncio de Matos completaria 31 anos nesta terça-feira 11 de Novembro, se há cinco anos, elementos da Polícia Nacional não o tivessem atingido com um tiro na cabeça, quando participava numa manifestação pacífica, em Luanda.
À RFI, Alfredo Miguel Matos, pai do activista, garantiu desconhecer o andamento do processo do filho, por as autoridades judiciais lhe negarem dar quaisquer pormenores sobre o caso.
“Muito sinceramente, o processo encontra-se apagado. Quando se fala do processo, as autoridades respondem-nos de forma ríspida e quase que não sabemos, não temos muito para dizer com respeito ao processo. O processo simplesmente não existe. Inocêncio de Matos foi morto a 11 de Novembro. Estamos agora a fazer cinco anos”, lamentou o pai do jovem.
Entretanto, o advogado da família, Zola Bambi, confirma que o processo está parado e não sabe por que motivo o Ministério Público terá deixado na gaveta as investigações.
“A mesma Procuradoria que não teve interesse em avançar com o processo? Não sabemos por que razão. E o processo está parado porque há uma inércia da vontade de quem está em frente do processo, de quem dirige a investigação, o Ministério Público”, acusou o jurista.
Recorde-se que na altura dos acontecimentos, Inocêncio Alberto Matos tinha 26 anos, era estudante do 3° ano de Ciências da Computação, na Universidade Agostinho Neto em Luanda.
RFI
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