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Angola: Esquema de Fraude Online Deixa Milhares de Angolanos em Desespero e 18 Mil Milhões de Kwanzas em Jogo

Um esquema de fraude e burla online, orquestrado pela empresa FC – Friesland Campina – ONLINE, está a devastar a vida de centenas, senão milhares, de angolanos.

 

 Prometendo retornos financeiros irrealistas, a plataforma, que se apresentava como um investimento legítimo, revelou-se uma operação criminosa de larga escala, resultando em perdas estimadas em 18 mil milhões de Kwanzas (aproximadamente 18.000.000.000 Kz). 

 

Um dos muitos lesados, Daniel Tchiwape Calima, de 42 anos, viu desaparecerem 2.400.000 Kz dos seus fundos, um golpe que desmantelou as suas esperanças e as da sua família com obras por concluir. 

O apelo por justiça é sentido em todas as esferas, com vítimas a relatar um "mar de lágrimas" e até mortes por Acidente Vascular Cerebral (AVC) atribuídas ao stress e desespero causados pela perda de economias de uma vida. 

 

O elevado índice de desemprego em Angola criou um terreno fértil para estes criminosos explorarem a vulnerabilidade e a busca desesperada por alternativas financeiras para a sobrevivência das famílias em Angola. 

 

Mecanismos da Fraude: Da Promessa à Ruína

 

O esquema foi habilmente divulgado através de redes sociais, como o WhatsApp, e por intermédio de contactos pessoais, seduzindo os angolanos com promessas de lucros exponenciais em prazos curtíssimos: 20, 30 e 45 dias. Os golpistas, alegadamente liderados por indivíduos como Edson Mendes Araújo e com a participação de estrangeiros, incluindo um brasileiro identificado como Fabrizzio Lima, exploraram a fragilidade económica do país.

 

As vítimas eram induzidas a investir quantias avultadas, com ofertas tentadoras como transformar 110.000 Kz em 1.100.000 Kz, ou 1.500.000 Kz em 15.000.000 Kz. Após a recolha massiva de fundos, a empresa FC – Friesland Campina – ONLINE desapareceu, deixando para trás apenas o rasto da destruição financeira da sociedade angolana.

 

Evidências Irrefutáveis de um Crime Organizado

 

A natureza fraudulenta e criminosa do esquema é sustentada por múltiplos fatores:

 

- Promessas de Retorno Financeiro Irrealistas: Investimentos numa plataforma digital ligada à FC – Friesland Campina – com promessas de lucros elevados e prazos irrisórios.

*   Pressão Psicológica e Manipulação: As vítimas eram pressionadas a efetuar depósitos adicionais, com ofertas de bónus e outras vantagens, utilizando táticas de urgência para impedir a análise racional.

*   Cobranças Abusivas e Irregulares: Exigência de valores elevados para taxas de registo e adesão a planos de investimento, sem qualquer amparo legal ou transparência. Daniel Tchiwape, um homem atento veio cair num bando de corjas de criminosos na sua forma de tratar os autores.

*   Ausência de Documentação e Regulamentação: Nunca foram apresentadas garantias formais ou documentação que atestasse a legalidade e segurança dos investimentos.

*   Desaparecimento dos Fundos e Falta de Retorno: Após os depósitos, o retorno financeiro nunca se materializou, e em vários casos, as contas das vítimas foram fraudulentamente bloqueadas ou eliminadas.

*   Envolvimento de Figuras Locais e Estrangeiras: Existem indícios de envolvimento de autoridades locais, como o militar Isaac Zeferino da 72ª Brigada, e a gestão do esquema parece ter origem holandesa, com nomes como Alee e Aleni Smith a serem mencionados.

 

Um Apelo Urgente às Autoridades Angolanas

 

Diante da gravidade desta situação e do profundo impacto social, é feito um apelo urgente e enérgico às mais altas instâncias de justiça e segurança de Angola, incluindo a Procuradoria Geral da República, o Ministério do Interior, a Interpol e os Serviços de Investigação Criminal (SIC). Solicita-se uma investigação célere e rigorosa para identificar e responsabilizar todos os envolvidos neste esquema criminoso, antes de saírem do país. 

 

Daniel Tchiwape, reagindo aos órgãos de comunicação social disse: É crucial que a operação seja desmantelada e que as vítimas sejam ressarcidas pelos prejuízos. Daniel Tchiwape Calima, tal como muitas outras vítimas, colocou-se à disposição para fornecer toda a evidência necessária, incluindo extratos bancários e comprovativos de depósito onde foram os Dinheiros.

 

Há relatos de que as contas ainda estão a ser movimentadas, mas a ação bancária está condicionada a uma ordem da Procuradoria Geral da República. Segundo Daniel Tchiwape um dos lesados diz haver mais de mil cidadãos angolanos com sonhos destruídos e espera uma acção contundente das autoridades angolanas. 

 

A rapidez na ação para bloquear as contas e punir os responsáveis é fundamental para evitar que este tipo de crime continue a minar a confiança e a destruir os sonhos de cidadãos angolanos de boa-fé. A confiança, a determinação e a busca pela verdade são os pilares essenciais para garantir a responsabilização e a recuperação dos fundos roubados.

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